Chuvas recuperam lavouras de soja
O retorno das chuvas nos últimos dias do ano de 2021 e início de 2022 depois de um período seco e quente recuperaram significativamente as lavouras de soja da nossa região, com exceção das áreas onde a cultura foi semeada mais cedo e com variedades precoces que sentiram com a falta de água somada às altas temperaturas nas fases vegetativa e reprodutiva da planta. Nesses casos o sojicultor não poderá esperar boas produtividades, embora as chuvas beneficiarão o enchimento de grão dessas culturas aumentando o tamanho e o peso das mesmas.
Já nas lavouras onde a semeadura foi realizada mais tarde e com variedades de ciclo médio/longo, as plantas sofreram com a falta de água no solo e altas temperaturas na fase vegetativa, porem quando a planta entrou na fase reprodutiva (florescimento) as chuvas vieram em bons volumes e bem distribuídas beneficiando assim o desenvolvimento da cultura com emissão de muita flor e na sequência de vagens que e fator principal para a planta expressar seu máximo potencial de produtividade. Lembrando que nos meses de novembro/dezembro as chuvas foram mal distribuídas, ora beneficiando alguma região, ora prejudicando outras, que necessitavam de chuvas na fase crucial da cultura.
No entanto grande parte das áreas de soja, que se encontram na fase de formação de vagens/enchimento de grão ainda necessitam de muita água nessa fase, por um período de aproximadamente 25-30 dias para completar o ciclo reprodutivo. Também será de suma importância o monitoramento constante de controle de pragas e doenças nessa fase da cultura. As últimas previsões dos Institutos de Meteorologia é que mesmo com a influência do La Nina, poderemos contar com chuvas em forma de pancadas nesses meses de janeiro e fevereiro assim beneficiar todas as lavouras no nosso município.
Engº Agronomo – Sergio Fumio Ouchi