Curso certifica 50 novos árbitros de Atletismo
Evento realizado pela Cavali Pró Eventos trouxe Cláudia Schneck, que preparou 50 novos árbitros em três dias de curso
Foram três dias intensos e de muito aprendizado para 50 alunos da segunda edição do Curso de Arbitragem em Atletismo, realizado no último fim de semana, pela Cavali Pró Eventos. As aulas foram ministradas pela árbitra internacional Cláudia Schneck, e pelo sucesso alcançado, a organização já prevê a terceira edição do curso de árbitros para o segundo semestre deste ano. “A procura foi grande e muitos não puderam participar neste fim de semana, porque a data inicial teve que ser alterada por um imprevisto de saúde da palestrante, quando esteve na Argentina, e por isso muitos interessados não participaram, e então sentimos a necessidade de novas realizações, e já estamos iniciando os preparativos”, explica Denise Martins, organizadora do evento.
A palestrante Cláudia Schneck destacou que a pandemia da Covid 19 afetou bastante todo o setor esportivo. “Fechou tudo, nem mesmo atletas de alto nível tinham autorização para treinar e as competições cessaram, e por isso não havia demanda para atuação de árbitros, mas com a retomada das competições, é importante que todas as cidades tenham árbitros para atuarem em competições oficiais”, enfatiza.
No curso, além das aulas teóricas, no domingo os alunos tiveram aula prática e também realizaram uma prova. “Agora eles precisam alcançar a nota mínima, a partir da publicação em nota oficial da Confederação Brasileira de Atletismo, e então participar de dois estágios junto a competições oficiais e a partir daí estão aptos a fazer o registro junto à Federação, e assim receberão um número de registro e poderão atuar como árbitro em qualquer prova oficial”, completa. Ainda segundo a palestrante, o Paraná é o segundo estado brasileiro com maior número de árbitros no Atletismo. “Porém, em algumas regiões fica difícil o deslocamento, por isso é importante fomentar a formação, lembrando que estes árbitros certificados podem ser convocados para atuação em qualquer competição oficial do Brasil, por isso é importante aumentar o nivelamento e continuar buscando provas e mudanças de categorias”, define.
Cláudia destaca ainda que profissionais das mais diversas áreas, desde que gostem da modalidade, podem atuar como árbitros. “Eu sou fisioterapeuta de formação, fui atleta e para não abandonar as pistas, fiz o curso porque amo o Atletismo, por ser uma modalidade muito diferenciada, com diversidade de provas e por isso é um curso com muita informação, porque são muitas regras que só se aprendem na prática e por isso é importante a vivência”, explica.
O requisito mínimo para se tornar um árbitro em Atletismo é ter Ensino Médio completo. “Mas no curso tivemos profissionais da segurança, nutricionista, massoterapeutas, professores do Ensino Fundamental que quererem melhorar atuação junto aos alunos e incentivar o esporte, enfim, todos apaixonados pela modalidade e com vontade de colocar o conhecimento em prática”, enfatiza.
Fabiana da Silva Schmitz, 43 anos, é nutricionista e acadêmica de Educação Física, e pretende colocar em prática o conhecimento com crianças do 1º ao 5º ano, com as quais tem atuado em estágio do curso. “É uma grande oportunidade de me aprofundar, complementar minha formação na faculdade e colocar em prática, mas o objetivo é continuar fazendo cursos porque o Atletismo é uma área que me interessa muito, principalmente para trabalhar com crianças”, conta.
Suzana Aparecida dos Santos, tem 51 anos e é professora de Educação Física em escola municipal em Ibaiti, e fez o curso para obter mais conhecimento e promover qualidade de vida aos alunos. “Trabalhamos a socialização e integração de alunos da Educação Especial, e com todo o conhecimento adquirido aqui poderei ensinar aos alunos as regras corretas, para que saibam exatamente o que podem e o que não devem fazer durante uma prova”. E com isso ela pretende ainda melhorar os resultados na modalidade, em competições oficiais. “Na fase regional dos Jogos Estudantis do Paraná (JEP’s) levamos 10 alunos e conseguimos 21 medalhas, e todos estão ansiosos para a próxima fase, então agora vamos muito mais preparados, conhecendo as regras da modalidade”, comenta Suzana.
Karoline Patrícia dos Santos, 33 anos, também veio de Ibaiti para conhecer melhor as regras do Atletismo e também com a expectativa de atuar como árbitra e, ainda mais, incentivar o filho em competições. “Somente com conhecimento aprofundado podemos fazer melhor para nossos pequenos atletas e incentivá-los com base e conhecimento amplo da modalidade”, destaca.
Vanessa Maruim Barbosa tem 40 anos, é profissional da segurança pública, e desde os 10 anos de idade tem amor pelo Atletismo. “Dos 10 aos 17 anos participava de competições oficiais pelo colégio e também representei Ponta Grossa em competições, e guardo com todo carinho mais de 70 medalhas, e o Atletismo mexe muito comigo, é uma prova de vibração, tenho muito amor pelas pistas, e quero me profissionalizar, estar atualizada para atuar oficialmente nas provas, porque o Atletismo me fez crescer muito como pessoa, e quero incentivar as pessoas a praticarem o esporte”, comenta.
O massoterapeuta e professor de educação física Jardel Candido Xavier, já atuou com alunos na modalidade, e realizou o curso para agregar ainda mais na sua carreira. “E foi muito gratificante estar aqui, porque muito conhecimento nos foi passado e também muitas descobertas, entre elas entendi que como massoterapeuta também posso atuar em competições oficiais, e então é mais uma porta que se abre”, complementa.
O Curso de Arbitragem em Atletismo foi realizado nos dias 27, 28 e 29 de maio, no auditório do Observatório do Campus de Uvaranas da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Segundo Kleber Cavali, idealizador do evento, além do objetivo de formação de novos árbitros federados, o que é importante neste momento para atender a demanda de competições, o evento também tem objetivo de mostrar que há possibilidade de atuar profissionalmente e obter uma nova fonte de renda. “O que é necessário é gostar da modalidade e querer atuar, porque agora com a retomada total do setor de esportes, a demanda por profissionais árbitros será intensa, e é importante que a região tenha árbitros federados”, enfatiza.
Assessoria Cavali Pró Eventos