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Saúde e bem estar- Alopecia: causas, tipos e tratamento

Cleide Vidal Hoinocz Farmacêutica CRF-PR 21811, Pós-graduada em Farmácia Estética Avançada.

Olá queridos leitores!

A alopecia é uma condição em que ocorre perda de cabelo ou de pelo em qualquer parte do corpo. No entanto, o tipo mais comum é a que se manifesta no couro cabeludo, a calvície. O distúrbio, que pode ser transitório ou definitivo, acomete homens e mulheres e existem diferentes causas possíveis, tipos e graus. A queda excessiva de cabelo prejudica a vida de homens e mulheres, causando danos relacionados à autoestima.

O que é alopecia?

A alopecia é um distúrbio causado por uma interrupção no ciclo de crescimento do cabelo. O ciclo do cabelo é marcado por três fases:

•Fase anágena: é a fase da produção e crescimento do fio de cabelo. Cerca de 90% dos cabelos estão nesta etapa, que pode durar de dois a seis anos;

•Fase catágena: vem depois da fase anágena, é fase de transição onde ocorre a regressão dos folículos, a produção do fio de cabelo para, o folículo vai reduzindo e fica mais superficial. É uma fase curta, dura cerca de duas a três semanas, menos de 1% dos folículos do couro cabeludo estão nessa fase.

•Fase telógena: nessa fase chamada de repouso, que não é uma fase inativa, é uma fase de preparação do folículo para liberar o fio de cabelo e começar um novo ciclo. Estima-se que 10 a 15% dos folículos do couro cabeludo encontram-se na fase telógena, sua duração vai de dois a quatro meses quando, finalmente o fio de cabelo é liberado pelo folículo com aquela pontinha branca. A pontinha é branca por que o fio já está preparado para cair.

Os principais sinais e sintomas de alopecia são:

Perda de mais de 100 fios de cabelos por dia, percebido ao encontrar muitos fios no travesseiro ao acordar, ao lavar, pentear ou passar as mãos no cabelo;

Fios de cabelo mais finos;

Presença de áreas, no couro cabeludo ou barba, com pouco ou nenhum cabelo ou pelo.

O que causa a alopecia?As causas da alopecia podem ser variadas. No entanto, alguns fatores associados ao desenvolvimento da condição são:

•Hereditariedade;

•Hormônios masculinos;

•Traumas na região;

•Má alimentação, que leva à falta de vitaminas;

•Estresse;

•Oleosidade em excesso, relacionada à dermatite seborréica;

•Reação adversa a medicamentos ou certos tratamentos, como a quimioterapia;

•Tratamentos de beleza com produtos químicos que agridem o couro cabeludo;

•Problemas na tireóide;

•Infecções causadas por fungos ou bactérias, inclusive casos de resistência bacteriana.

Tipos de alopecia:

Alopecia androgenética – de origem genética, é o tipo mais comum de queda de cabelo. O problema pode se iniciar na adolescência, porém, fica mais aparente entre os 40 e 50 anos. Os cabelos ficam ralos e, progressivamente, o couro cabeludo mais aberto. Nas mulheres, a região central é mais acometida (calvície de padrão feminino), enquanto homens apresentam falhas nas entradas e no topo da cabeça (calvície de padrão masculino).

Alopecia areata – é considerada uma doença autoimune, quando o sistema imunológico (mecanismo de defesa natural) ataca o próprio corpo. As células ao redor do folículo capilar o atacam e impedem a produção de novos fios. Isso costuma causar falhas em formatos arrendados não apenas no couro cabeludo, como na barba, cílios e sobrancelhas. A condição é mais comum em pessoas jovens, principalmente abaixo dos 20 anos. A alopecia areata pode estar associada a fatores genéticos, reações no sistema imunológico causadas por micro-organismos e estresse. Doenças como lúpus e vitiligo também podem ter relação.

Alopecia por tração – acontece quando a pessoa faz penteados, como tranças e rabos de cavalo apertados, que forçam a raiz do cabelo. Nestes casos, pode haver dano irreversível quando o folículo é danificado.

Eflúvio telógeno – nesse tipo de alopecia, é comum a queda de até 300 a 500 fios por dia. Isso resulta, sobretudo, na perda de volume do cabelo.  Um evento ou condição médica, como desequilíbrio da tireóide, parto, cirurgia ou febre, geralmente a desencadeia. Pode ocorrer também, por deficiência de vitaminas ou minerais. Se o evento desencadeante for temporário, por exemplo, se você se recuperar da doença que está causando a queda de cabelo, o cabelo pode voltar a crescer depois de seis meses. Em alguns casos, a perda de cabelo pode durar anos.

Alopecia cicatricial – é um tipo mais raro da queda capilar, em que inflamações causam danos aos folículos capilares. No lugar, há crescimento de tecido cicatricial, o que impede a produção de novos fios no couro cabeludo.  A queda pode começar de forma súbita ou progredir lentamente. Para algumas pessoas, a alopecia cicatricial pode incluir ainda, lesões vermelhas ou brancas no couro cabeludo, inchaço e coceiras.

Alopecia frontal fibrosante – esse tipo de alopecia atinge principalmente mulheres que estão no período pós-menopausa. Ocorre normalmente em um padrão de recuo da linha do cabelo. As sobrancelhas e axilas também podem sofrer perda de pelos. Os sintomas podem incluir, ainda, o aparecimento de manchas vermelhas e “bolinhas” na face.

Existe tratamento para a queda capilar?

Classificar o tipo de alopecia é essencial para direcionar o tratamento. Por isso, é sempre indispensável consultar o médico dermatologista ou tricologista (especialista na saúde do cabelo). Mesmo nos casos em que a queda de cabelo é permanente, existem maneiras de minimizar a perda intensa dos fios.

Certos tratamentos podem incluir o uso de antibióticos específicos e outros medicamentos. Para deficiências nutricionais, a ingestão de suplementos pode ser indicada.

Existem ainda tratamentos estéticos injetáveis que vão ajudar no crescimento de novos fios e dermocosméticos específicos para tratamento capilar.

O importante é perceber que a queda não é normal e buscar ajuda para tratar o quanto antes.

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Gilson Van Haandel, farmacêutico CRF/PR 24703.

Cleide Vidal Hoinocz, farmacêutica CRF/21811. Pós-graduada em Farmácia Estética.

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