Conheça o importante trabalho realizado pela Casa de Apoio Solar que acolhe e hospeda pacientes com câncer
A Casa de Apoio Solar é uma Instituição filantrópica sem fins lucrativos, que atua desde 2014 como casa de passagem. Acolhe e hospeda pacientes portadores de neoplasia maligna (câncer), e seus acompanhantes (familiares) que vem de outros Municípios para realizar o tratamento em Ponta Grossa/Pr, também faz o cadastro de pacientes que aqui residem e buscam apoio durante o tratamento.
I INTRODUÇÃO
A Casa de Apoio Solar é uma Instituição filantrópica sem fins lucrativos, que atua desde 2014 como casa de passagem. Acolhe e hospeda pacientes portadores de neoplasia maligna (câncer), e seus acompanhantes (familiares) que vem de outros Municípios para realizar o tratamento em Ponta Grossa/Pr, também faz o cadastro de pacientes que aqui residem e buscam apoio durante o tratamento.
A Solar funciona de segunda-feira à sexta-feira, aberta ao público de Ponta Grossa, das 9:00 às 11:30 e das 13:00 às 17:00, aos hospedes de segunda-feira à sexta-feira com pernoite. O público alvo são pessoas com diagnóstico de neoplasia maligna de qualquer idade ou gênero, atendidas no Sistema Único de Saúde – SUS. O acompanhamento dos pacientes acontece do início do cadastro na Instituição até a alta da terapia. Os atendimentos são diários, semanais, mensais e anuais a depender da especificidade de cada caso. A hospedagem e as refeições são gratuitas, incluindo; Café da manhã, almoço. café da tarde, janta e ceia.
O objetivo geral da Solar é combater o câncer atuando na educação, prevenção e na promoção à saúde, diagnosticando fragilidades em torno deste aspecto e potencializando ações que gerem autonomia, segurança, desenvolvimento individual e coletivo, superação de conflitos e sofrimento, fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.
Atualmente a Instituição conta apenas com recursos próprios oriundos de doações da sociedade, e de parceiros colaboradores, além do desenvolvimento de eventos para angariar recursos e inscrições em editais de projetos, inevitavelmente um risco.
A infraestrutura da Casa de Apoio Solar conta com uma recepção, uma sala de escuta, uma sala de trabalhos em grupos, uma sala de TV, uma cozinha, um refeitório, uma área de lazer coberta e outra aberta, doze leitos, com três em conjunto, separados entre ala feminina e ala masculina e cinco banheiros. Capacidade para receber 15 hospedes mensalmente, e acompanhamento de 200 à 280 pacientes/famílias residentes de Ponta Grossa.
Contamos com uma equipe profissional contratada de; uma Assistente Social Gestora, uma Zeladora, uma Cozinheira, um Motorista, uma Atendente de Telemarketing além da equipe de profissionais voluntários sendo; um Advogado, um Psicólogo, uma Enfermeira e um Agrônomo. Para completar o quadro de pessoas que compõe a Instituição contamos com voluntários que auxiliam no desenvolvimento das atividades diárias e em eventos.
Os recursos financeiros são ponte para a manutenção não somente da Instituição, mas dos projetos que já são desenvolvidos. utilizados para despesas e manutenção de funcionários e das contas administrativas como, aluguel da casa, água, luz, internet, etc.
CASA DE PASSAGEM E O SERVIÇO DE REFERÊNCIA E CONTRA-REFERÊNCIA
O trabalho como Casa de Passagem ofertado pela Solar, compreende o acolhimento por tempo determinado do paciente e seu acompanhante, que realiza sua hospedagem na Casa de Apoio de; Segunda-feira à sexta-feira, para realização de radioterapia, quimioterapia, exames, consultas e retornos.
O cadastro do paciente e acompanhante é feito por um profissional do Serviço Social, que em seguida registra a anamnese com levantamento das demandas. Algumas delas, possíveis de serem atendidas dentro do período de hospedagem que pode ser de 15, 30, 60 à 90 dias. Na construção da anamnésia dos pacientes hospedes são verificados três eixos a serem trabalhados;
- A situação social do paciente, grau de vulnerabilidade social, neste podem ser levantados dados como; Renda, inclusão em programas sociais, acesso à benefícios como; Benefício de Prestação Continuada – BPC, Auxílio por incapacidade temporária, Auxílio por incapacidade permanente, saque de FGTS, saque PIS, Tratamento Fora Domicílio – TFD, quitação de financiamento de casa própria, isenção de IPVA, entre
- O estado de saúde, dimensão do quadro clínico se este é; Cadeirante, acamado, grau de dificuldade de locomoção, uso de fralda, bolsa de colostomia, dieta enteral ou Fase do tratamento; processo de investigação, fase de diagnóstico e exames, fase de cirurgia e terapia, fase de acompanhamento, paciente paliativo.
- Os vínculos afetivos; Vínculos com a família, comunidade, se são fortalecidos, fragilizados ou rompidos; Autonomia em seu meio como um todo e perante o enfrentamento da doença.A anamnese é a primeira ação após o acolhimento, é através dela que traçamos estratégias e o planejamento do tratamento, para promover uma estadia propositiva e de qualidade. A depender da realidade social de cada paciente, é que são direcionados os atendimentos a equipe Multiprofissional de voluntários, que irão realizar o acompanhamento desses dentro dos projetos que são realizados no período de hospedagem;
Na Solar a atuação dessa equipe se desenvolve em três aspectos, sendo eles; individual de emergência, perante agendamento e em trabalho de grupo. Na continuidade do atendimento, às demandas imediatas são atendidas, e as reprimidas identificadas, são encaminhadas à Rede Socioassistencial através de contato com os Municípios de referência dos pacientes atendidos, a fim de lhes garantir o acesso à proteção, promoção e aos direitos sociais dentro seu local de referência.
SERVIÇO DE PLANEJAMENTO DO TRATAMENTO; VIGILÂNCIA DO CÂNCER E SEUS FATORES DE RISCO
Os pacientes que residem em Ponta Grossa também realizam seu cadastramento na Casa de Apoio Solar, muitos deles são encaminhados para o acompanhamento pela própria Rede de Proteção Sócioassistêncial do Município.
No primeiro contato, é feito o atendimento social, através de um profissional da área, com escuta qualificada e anamnese, afim de compreender a realidade social, atender as demandas emergentes, fazer os encaminhamentos necessários, alinhar o vínculo contínuo e mensal da família com a Instituição, e construir o planejamento do tratamento.
Apesar do câncer ser uma doença relativamente comum, existem muitos determinantes que influenciam na perspectiva do alcance da cura ou da qualidade de vida do paciente, mesmo em casos paliativos. Há diversas aflições que emergem no planejamento do cuidado, e para isso caminhamos através da práxis, desvelando esse universo, traçando estratégias e possibilidades, atuando na educação, promoção e prevenção à saúde.
A Casa de Apoio Solar, tem para si a definição de saúde, tomando-se por base os conhecimentos pré- estabelecidos pela (OMS) Organização Mundial da Saúde, que à determina como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade, desse modo, percebe-se a necessidade de analisar o corpo, a mente e o contexto social no qual o indivíduo está inserido, para projetar intervenções propositivas. Dentro do planejamento do tratamento são trazidas informações vida, trabalho, lazer, rede de apoio, estilo de vida, alimentação, educação, aspectos sociais, e fatores hereditários.
A construção e permanecia de vínculo com a instituição é primordial para que as intervenções gerem transformações positivas, singular e coletivamente. Os pacientes que a Solar recebe, são pessoas as quais, realizam seus tratamentos no Sistema Único de Saúde, consequentemente o público de maior proporção a estar exposto a situação de vulnerabilidade social. A Solar auxilia os pacientes com o fornecimento de; kits higiene, fraldas geriátricas, suplementos alimentares, bolsas de colostomia, custeio no transporte (na rotina de tratamento), além de outros serviços que se manifestam de acordo com a especificidade de cada caso.
PROJETO SEMEANDO A VIDA
O projeto Semeando a Vida, é uma idealização dentro do espaço Solar, da construção de hortas e jardinagens, como uma terapia, que passa a se expressar no contato com as plantas, pelo cultivo da terra, hoje comumente encontrados em Hospitais, Unidades de Saúde, Lares para Idosos e Clínicas de Reabilitação.
Com foco na expansão da consciência corporal dos pacientes, pretende-se observar a correlação do cuidado entre ambos os processos, planejando o tratamento e utilizando o tempo ocioso de forma terapêutica. O projeto foi organizado a se desenvolver de forma passiva ou ativa, a depender das condições hábeis do paciente. A hortoterapia passiva é geralmente realizada porque possui a algum impedimento físico para participar mais ativamente e, por isso, aproveita a atividade apenas estando em contato com a natureza, observando o jardim. Já a hortoterapiaativa consiste na organização e manutenção do espaço, trabalhando em equipe e tendo contato direto com a terra e as plantas.
O jardim e a horta devem por si só promover aspectos de bem estar físico, mental e social, mas a intenção é que possa proporcionar múltiplos benefícios, exemplos; Reflexão entre o cultivo da planta e o cuidado com o corpo, ocupação e desenvolvimento de habilidades, integração social com trocas e compartilhamentos de experiências, redução do estresse com mudança de foco, aumento da capacidade de atenção, educação alimentar, oferta de alimento sem agrotóxico, motivação de desenvolvimento de hortas e jardins para além da Instituição, educação sustentável com utilização de pets, educação de orgânicos, coleta seletiva e adubagem, entre outros.
ASSISTENTE SOCIAL FERNANDA SCHOEMBERGER SERVIÇO SOCIAL – UNICENTRO ESP. GESTÃO EM SAÚDE – UEPG CRESS 11.719
TEL: (042) 9 8865-4298
REPRESENTANTE LEGAL NEUZA NUNES DE ATHAYDE TEL: (042) 99837-5141
CASA DE APOIO SOLAR CNPJ: 22.054.736/0001-85
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