Dependência Química
A Dependência Química é considerada, segundo a Organização Mundial da Saúde, uma doença que precisa ser tratada adequadamente. O abuso de drogas leva ao desenvolvimento de depressão, ansiedade, frustração e impotência. Ocasiona prejuízos sociais como acidentes, violência, homicídios, desintegração familiar, desemprego e discriminação. É preciso que o dependente químico se assuma como sujeito de sua história, sujeito que deverá buscar um sentido para sua vida, um objetivo. Segundo o Ministério da Saúde o uso e abuso de substâncias químicas tomou proporção de grave problema de saúde pública no país, sendo comprovado que o consumo destas substâncias ocasiona problemas sociais, profissionais e psicológicos. Foi por meio da realização de um trabalho em um Hospital, referência em desintoxicação, situado na Cidade de Ponta Grossa, que foi possível constatar que o indivíduo que decide iniciar um tratamento para sua recuperação o faz, porque encontra um sentido de vida, uma razão para modificar seu modo de ser, percebe-se então a importância em ter resiliência no processo terapêutico da dependência química.
A Resiliência pode ser definida como uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano condições para enfrentar e superar problemas e adversidades. Uma pessoa resiliente aprende com as adversidades e possui objetivo de vida, tem controle dos impulsos, é otimista, usa de empatia no relacionamento interpessoal. Por este motivo é de grande importância a empatia na recuperação da dependência química.
Existem diferenças entre uso, abuso e dependência química. Denomina-se uso: qualquer consumo de uma substância, Abuso: uso com problemas, uso nocivo e Dependência: uso compulsivo, com perda de controle, problemas sérios. O caminho para a dependência pode acontecer desta maneira:
Não uso – Uso experimental – uso esporádico – uso frequente – uso pesado – abuso – dependência.
Todos os dias, presenciamos notícias envolvendo dependentes de drogas em ações criminosas e trágicas. A droga está mais perto do que se imagina e quantos de nós conhecemos ou conhece dramas de pessoas que se envolveram com drogas e a luta e o sofrimento da família para libertar seu filho (a) do vicio.
É necessário que aconteça uma mudança na vida do individuo, um desejo de mudar esta situação de sair da condição de dependente, se não acontecer o desejo de firmar um objetivo de vida também não há a recuperação verdadeira. O dependente químico, muitas vezes, não possui objetivo de vida, sua única preocupação é como fazer para conseguir a droga, se tornam egoístas e não se importam com o sofrimento dos outros a sua volta. Em muitos casos só resolvem fazer tratamento após perder quase tudo, perdem trabalho, sofrem separações, abandono então começam a pensar em uma maneira de “mudar de vida” para reconquistar tudo outra vez.
O tratamento para recuperação pode ser difícil. Da mesma maneira como o dependente fez um caminho para a Dependência também no Tratamento existe um caminho para a Recuperação. Assim como levou um tempo para se tornar dependente, leva certo período de tempo para se tornar livre da droga e da dependência. Esse tempo depende de cada individuo, clinicas ou comunidades estão trabalhando com o período de nove meses a um ano de internamento devido a esta individualidade de cada um. Os períodos de recaída acontecem e a família tem de estar preparada para lidar com isso.
Além das clinicas e comunidades Psicoterapêuticas também existe a forma de tratamento individual: Psicoterapia com profissional de Psicologia e também apossibilidade de este tratamento acontecer em Grupos Psicoterapêuticos, nestas ultimas duas formas de tratamento o dependente químico não precisará se ausentar do trabalho e da família, estará trabalhando, integrado no convívio familiar e realizando o tratamento Psicoterapêutico. Mas para isso é necessário que o dependente tome a iniciativa de realizar o tratamento e sinta o desejo de se libertar do vicio, também é necessário que os familiares reconheçam este vicio como uma doença que necessita ser tratada o mais rápido possível e possam apoiar toda e qualquer forma de tratamento escolhida pelo dependente. Quando se inicia um tratamento penso que toda a família precisa ser ouvida e tratada também, pois eles também sofrem, assim pode-se cortar o “ciclo vicioso” que muitas vezes leva um individuo retomar o uso porque não é reconhecido em outro papel na família.
Psicóloga Mary Letícia Setti Macedo Rosa CRP 08/18073
Contato: (42) 9999-3738/ (42) 4141-1608
Local para atendimento: Hospital Menino Jesus
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