Reforma política com distritão e financiamento empresarial seria retrocesso, diz Verri?
O deputado federal e presidente do Partido dos Trabalhadores do Paraná (PT/PR), Enio Verri avaliou como uma vitória da democracia a manutenção do sistema de Representação Proporcional de Lista Aberta, após a Câmara dos Deputados rejeitar o “Distritão”, na noite de ontem (26).
Sob a polêmica da não apreciação do relatório final pela Comissão Especial de Reforma Política, o plenário iniciou a votação com a discussão sobre o sistema eleitoral brasileiro. Motivo de conflito, o “Distritão” foi rejeitado por 264 votos contra 207 favoráveis.
“Os brasileiros saíram às ruas pedindo transparência, representatividade e participação na política. O ‘Distritão’ e o financiamento privado representavam retrocessos a democracia e a sociedade brasileira” declarou Verri que condenou a tentativa de acabar com os partidos políticos.
De acordo com o deputado federal, embora apresente falhas pela ausência de participação popular, a reforma política pode trazer avanços com o fim das coligações na proporcional e aprovação do financiamento público de campanha, que acaba com as doações empresariais.
Além do “Distritão”, os deputados barraram outros três modelos: “Voto em Lista”, “Distrital Misto” e “Distritão Misto”, mantendo o sistema eleitoral. Atualmente, a definição dos representantes nos legislativos respeita o quociente eleitoral de cada localidade.
Na noite de hoje (27), a Câmara dos Deputados dá continuidade a reforma política. Após negaram a validação do financiamento empresarial, os parlamentares devem votar o novo modelo de financiamento de campanha: misto ou público.