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Região se une para festejar 90 anos da Diocese

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A catedral estava lotada, com representantes das 640 comunidades que integram a Diocese

Emocionante. Aproximadamente duas mil pessoas, quatro prefeitos, secretários municipais e outras autoridades lotaram a Catedral Sant’Ana para acompanhar a Celebração Eucarística que marcou a comemoração dos 90 anos de criação da Diocese de Ponta Grossa, na tarde de domingo (15). Uma cerimônia cheia de simbologia, carregada de sentimento e de fervor, em agradecimento a presença da Igreja Católica na região. “Está tudo muito lindo! Me emocionei demais”, dizia uma representantes das 640 comunidades convidadas para a celebração, presidida pelo bispo Dom Sergio Arthur Braschi e concelebrada por mais 68 padres e 72 diáconos.

Desde antes das 14 horas as pessoas chegavam, vindos de 16 Municípios e das Paróquias de Ponta Grossa. Muitos com camisetas alusivas às suas Capelas, trazendo os Santos Padroeiros em imagens, estampas, estandartes e até em cartazes. Dezenas de ônibus, vans e carros movimentaram as proximidades da Catedral, trazendo fiéis e religiosos das mais diferentes ordens e congregações. Também acompanharam a celebração os prefeitos de Ponta Grossa, Marcelo Rangel; de Castro, Reinaldo Cardoso; de Irati, Odilon Burgath, e de Carambeí, Osmar Blum. Foram produzidas e entregues duas mil velas e dois mil livretos, o que não foi suficiente. ”Vieram cerca de 2.500 fiéis”, informou padre Clayton Delinski, coordenador diocesano de Ação Evangelizadora. Outras 46 ‘Chamas Missionárias’ (velas em tamanho maior) foram repassadas aos representantes das Paróquias.

Em sua homilia, Dom Sergio lembrou como era a Ponta Grossa de 1926, data da criação da Diocese, citando que a cidade tinha pouco mais de 30 mil habitantes, mas já se mostrava propensa ao desenvolvimento. “Foram muitos os desafios, muitas as dificuldades, mas com alegria, entusiasmo e movidos pela graça Divina a Igreja caminhou com seu povo e frutificou”, ressaltou, agradecendo a todos que participaram e participam da caminhada da Diocese nesses 90 anos.

Após a homilia, um dos representantes de cada um dos 46 Grupos de Animação Missionária (GAMs) recebeu de dom Sergio a ‘Chama Missionária’, acesa no Círio Pascal, e, ao voltar ao seu lugar, repassou o fogo às velas dos fiéis presentes. Neste momento, a Catedral ganhou uma luminosidade especial.  A cor vermelha da ‘Chama Missionária’ e o fogo simbolizam o Espírito Santo, que impulsiona a Igreja na unidade para a missão”, explicou Padre Clayton. Nas visitas às Comunidades, que os GAMs farão, levarão este símbolo junto com a imagem da Mãe da Divina Graça para animar os fiéis na missão permanente, sendo uma Igreja em saída como orienta o Papa Francisco.

Após a comunhão, foi divulgado um documentário sobre a história da Diocese. O vídeo tem 19 minutos e mostra imagens de documentos, das antigas Igrejas, da primeira Catedral, dos Bispos que já passaram por Ponta Grossa, inclusive com depoimentos de Dom Murilo Krieger e Dom João Braz de Aviz. Muitas pessoas se emocionaram durante a exibição. Em seguida, o Padre com mais tempo de ministério sacerdotal, Nelson Frederico Schiel, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, de Ipiranga, e o com menos tempo, Padre Wilson Moraes, da Paróquia Santana, de Castro, levaram o bolo na forma da Catedral até o altar e foi cantado o ‘Parabéns a Você’.

Antes da bênção final da celebração, cada uma das 640 comunidades teve abençoado seu Santo Padroeiro. “Uma benção que simbolizou esse momento de comunhão, de sintonia de todos os que compõe a Diocese, desde a Igreja de um bairro aqui de Ponta Grossa até uma Capela lá do interior de um dos outros 16 Municípios”, ressaltou o Bispo. Na saída, foram distribuídos 3.000 pedaços de bolo.

“A Celebração evidenciou a comunhão da Igreja pela presença maciça de Sacerdotes, Diáconos e Consagrados, autoridades civis, além da marcante presença dos representantes vindos das 640 comunidades trazendo com muita alegria e devoção as imagens dos Santos Padroeiros, sinalizando uma Igreja que tem vigor e se prepara para a missão através dos membros dos GAMs que receberam a Chama Missionária. Uma celebração inesquecível pela riqueza dos ritos e também por trazer à tona uma história de fé, conversão e salvação”, resumiu o Padre Clayton Delinski.

 

Diocese

A Diocese de Ponta Grossa foi criada aos 10 de maio de 1926 por intermédio da bula ‘QUUM IN DIES NUMERUS’ do Papa Pio XI, desmembrada da Diocese de Curitiba, até então a única existente no Paraná. Inicialmente, compreendia uma vasta região do Paraná: a região central, partes do Oeste e do Sudoeste do Estado.

A nova Diocese era formada por 12 paróquias: Ponta Grossa, Castro, Cruz Machado, Guarapuava, Imbituva, Ipiranga, Ivaí, Palmas, Prudentópolis, Rio Claro, Tibagi e União da Vitória. Destas, atualmente, três são dioceses desmembradas de Ponta Grossa: Palmas, Guarapuava e União da Vitória. Durante os quatro primeiros anos de sua fundação a Diocese de Ponta Grossa foi governada por Dom João Francisco Braga, 1º Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba, designado como seu administrador apostólico.

Atualmente, a Diocese tem como sede a cidade de Ponta Grossa e se estende por uma faixa de 16 municípios: Ortigueira, Reserva, Imbaú, Telêmaco Borba, Tibagi, Irati, Teixeira Soares, Fernandes Pinheiro, Imbituva, Guamiranga, Ipiranga, Ivaí, Castro, Ventania, Piraí do Sul, Carambeí, em uma população de aproximadamente 763.600 habitantes. Constitui-se por 46 paróquias, 640 comunidades e conta com inúmeras congregações religiosas.

Das Assessorias.

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