A primeira Previsão Subjetiva para a safra paranaense 2024/25, divulgada na quinta-feira 29 de agosto pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), aponta para recuperação de produção em soja, milho e feijão, principais culturas do período. A produção de batata também cresce. No entanto, o trigo da safra 2023/24, que começou a ser colhido, terá redução.

Na soja, a previsão inicial é que sejam plantados 5,8 milhões de hectares, o que representa aumento de 0,5% sobre os pouco mais de 5,7 milhões de hectares do ciclo anterior. No entanto, a produção pode alcançar 22,3 milhões de toneladas, com substancial acréscimo de 20% sobre as 18,5 milhões de toneladas da última colheita.

A área plantada na primeira safra representa mais de 90% do plantio entre os principais grãos produzidos no Paraná. “A soja é o principal item da agricultura paranaense e em geral tem ótimo retorno ao longo do tempo”, explicou o técnico Edmar Gervásio, analista da cultura no Deral. O plantio estará liberado em 10 de setembro, quando termina o vazio sanitário da ferrugem asiática.

MILHO – Para o milho primeira safra, as estimativas iniciais da safra 2024/25 apontam para 2,7 milhões de toneladas, ligeiramente superior às 2,5 milhões de toneladas do período 23/24. Há projeção de área 9,6% menor, ocupando 267,7 mil hectares, o que seria a menor da história. No ciclo anterior, a primeira safra teve 296 mil hectares.

Em 2010 a primeira safra já chegou a cobrir 900 mil hectares paranaenses, com redução de cerca de 70% agora. “A safra de milho de verão é hoje uma safra de nicho e os produtores são em geral especializados e com altas produtividades”, disse Gervásio. “Essencialmente esta redução está ligada à migração para soja, produto que tem maior liquidez e potencialmente maior lucratividade”.

FEIJÃO – O feijão de primeira safra paranaense, depois de muitos anos com perda de área, tende a ter um aumento de 22%, passando de 107,8 mil hectares em 2023/24 para 131,2 mil hectares agora. “É o incremento mais importante pelo menos dos últimos 10 anos, quando vinha sistematicamente perdendo área para a soja”, disse o agrônomo Carlo Hugo Godinho.

Segundo ele, os produtores têm agora uma nova opção de venda, que é a exportação de feijão preto. “Isso fez com que os preços se mantivessem mais estáveis e atrativos”, disse. A previsão é de aumento de 57% na produção da primeira safra, passando de 160 mil toneladas em 2023 para 251 mil toneladas na nova safra.

BATATA – Os plantios da batata de primeira safra 24/25 começaram. Até agora foram semeados 14% da área, o que corresponde a 2,2 mil hectares dos 15,8 mil estimados. “Uma média de 18% seria normal para este período, no entanto o tempo seco predominante desacelerou a ação”, afirmou o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, do Deral. O plantio deve se estender até novembro, quando começa a colheita.

A expectativa é que o campo responda com 478,2 mil toneladas de batatas, cerca de 22% superior às 392,2 mil toneladas extraídas no mesmo período de 2023.

Em julho os produtores foram remunerados em R$ 94,33 pela saca de 25 quilos, 19,5% menor que os R$ 117,14 de junho. Na Ceasa Curitiba, a saca da batata comum ficou em R$ 120,00, valor estável em relação a junho. Já no varejo os preços tiveram queda de 15,2%, saindo de R$ 10,22 o quilo em junho para R$ 8,67 em julho.

TRIGO E CEVADA – O trigo da safra 2023/24, que começou a ser colhido no Paraná, tende a alcançar 3,1 milhões de toneladas, redução de 14% em relação às 3,6 milhões de toneladas do ano passado e de 17% sobre o potencial da safra (3,8 milhões de toneladas). “A seca tem sido o maior problema no Norte do Paraná, onde se concentram as lavouras colhidas até agora”, afirmou o agrônomo Carlos Hugo Godinho, analista da cultura.

Ele salientou que, apesar de essa ser a maior preocupação, também há perdas relacionadas às geadas. O levantamento de quanto isso vai impactar no resultado final ainda não está completo, o que será possível assim que a colheita evoluir nas áreas mais afetadas. Até agora foram colhidos pouco mais de 70 mil dos 1,1 milhão de hectares.

A cevada foi menos impactada pelo clima e deve render 331,5 mil toneladas. “Apesar de problemas pontuais, este número está dentro do intervalo de produção da cultura”, explicou Godinho. Se confirmado, será 19% superior às 278 mil toneladas do ano passado. “A seca tem sido menos crítica no Sul do Paraná e o ciclo mais longo da cultura evitou que a maior parte estivesse em fases suscetíveis a perdas durante as geadas”.

BOLETIM – O Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 23 a 29 de agosto, também divulgado nesta quinta-feira, comenta as primeiras estimativas de safra e traz dados sobre outras culturas agropecuárias do Estado. Sobre o couro bovino, destaca que o Paraná foi o quarto maior produtor no Brasil, com 788.658 peças, atrás de Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Os suínos de corte atingiram um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 8,5 bilhões em 2023, acréscimo de 2% sobre os R$ 8,3 bilhões do ano anterior. A suinocultura de corte está predominantemente concentrada nas regiões Oeste e Centro-Oriental do Paraná, onde estão os maiores frigoríficos. Toledo é o principal produtor, com VBP de R$ 1,4 bilhão.

O documento do Deral destaca ainda a celebração do Dia do Avicultor em 28 de agosto. A atividade engloba a produção de carne e de ovos. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2023 o Brasil produziu 14,8 milhões de toneladas de carne de frango, com exportação de 5,1 milhões de toneladas e consumo per capita de 45,1 quilos. Do total, cerca de 65% abastecem o mercado interno e o restante vai para exportação.

A estimativa da ABPA é que a produção cresça 1,8% em 2024, chegando a 15,1 milhões de toneladas. O Paraná, maior produtor e exportador de carne de frango do país, produziu 4,6 milhões de toneladas, com exportação de 2 milhões de toneladas. Estima-se que o setor gere mais de 4 milhões de empregos e que 1 milhão estejam no Estado.

Foto: Jaelson Lucas / Arquivo AEN. Da Agência Estadual de Notícias.

Nos dias 11, 12 e 13 de julho, foi realizado o Encontro do Produtor Rural, na sede do Sindicato Rural de Tibagi. O evento que teve sua primeira edição no ano de 2021, surgiu com o objetivo promover o setor do Agro e trazer informações para o Produtor Rural.

No dia 11 de julho, aconteceu a abertura com a presença de autoridades, na sequencia aconteceu a reunião do Núcleo Sindical dos Campos Gerais, onde foram discutidas algumas demandas que vem preocupando o setor.

Concluindo o primeiro dia, foi realizada uma Palestra com o Casal da Pecuária, vindo do estado do Mato Grosso do Sul, os quais falaram das suas experiências com Pecuária de Corte.

No segundo dia, aconteceu o primeiro leilão virtual de Gado Geral do município de Tibagi, que contou com mais de 600 animais, movimentando mais de 1 milhão de reais em negócios.

No último dia foi realizada Palestra, sobre Resinagem de Pinus, através da Empresa Resina 22 de dezembro. O Evento contou com 24 empresas expositoras.

Para o Presidente do Sindicato Rural, Mauricio Chizini Barreto, o evento tem dado um bom resultado, visto que vem crescendo a cada ano.

Barreto lembra que no primeiro ano, foram apenas palestras, no segundo ano contou com 8 expositores e esse ano foram 24 empresas participantes.

Contamos com 4 apoio que fizeram a diferença, que foram o Sistema FAEP, a Prefeitura Municipal de Tibagi, a empresa Yamadiesel e a empresa Resina 22 de dezembro.

Para o ano de 2025 o evento deverá contar com mais empresas, visto que algumas que nos procuraram não conseguimos atender, visto que os 24 stands disponibilizados já haviam ser vendidos. Só temos a agradecer, graças a Deus atingimos um bom resultado novamente. Finaliza Barreto.

Para o Secretário Municipal de Agricultura e Abastecimento, Fabiano Carneiro de Oliveira, a parceria do Sindicato Rural com a Prefeitura vem contribuindo para atender o setor do Agro, que é o mais importante para nosso município.

Ele lembra que a participação de um criador de Porco Moura, foi um diferencial, visto que essa raça de suíno vem ganhando mercado em virtude de sua qualidade e sabor da carne.

Também destaca um criador de Ovinos, que vem se estruturando e comercializando os animais abatidos e com marca própria. “A parceria com o Sindicato com a Prefeitura é permanente, temos várias ações em conjunto, o que tem dado ótimos resultados para o setor rural de nosso município e melhorando a qualidade de vida da população”. Conclui Oliveira.

SINDICATO RECEBE REPRESENTANTES DA CNA

No dia 16 de julho, o Sindicato Rural de Tibagi recebeu o Projeto Campo Futuro, “Levantamento de Custos de Produção – Cereais, Fibras e Oleaginosas”, projeto esse que é realizado desde o ano de 2007, Confederação Nacional da Agricultura – CNA, é realizado em todo o país, e busca colher informações sobre os custos médios da Produção, propiciando assim uma visão mais assertiva quanto a situação do Custo de Produção em cada estado.

No Paraná, as reuniões de custo de grãos, safra 23/24, ocorrem em Tibagi, Guarapuava, Cascavel e Londrina. Quem realiza os cálculos são os pesquisadores do Cepea-Esalq, Renato Ribeiro e Francisco Alves, e das reuniões participam Ana Paula Kowalski da FAEP e Tiago Pereira da CNA.

Os produtores presentes puderam apresentar seus números e a situação enfrentada na safra 2023/2024. Para o presidente do Sindicato Rural, Mauricio Chizini Barreto, esse tipo de trabalho é de muita importância, visto que levanta a situação real do setor.

Em 2024, o projeto realizará 150 painéis, em 20 estados, 124 municípios e para 53 atividades. A planilha de resultados retorna aos produtores participantes depois da conferência dos dados.

A safra da cultura da soja deste ano, foi marcada por muita instabilidade climática onde as chuvas que caíram na nossa região ora com altos volumes num curto período e baixos volumes acompanhado com altas temperaturas por longos dias que provocaram um alto grau de stress nas plantas impactando na produtividade final em diversas regiões do nosso município principalmente algumas localidades especificas onde o período de estiagem foram maiores.

Os plantios antecipados nos meses de setembro e outubro foram afetados com o excesso de chuvas torrenciais ocorridas nesses períodos, provocaram muita erosão e consequente a redução no número de plantas (stand) afetando o potencial produtivo nas áreas mais comprometidas.

No entanto muitos produtores que preferiram efetuar o plantio no mês de novembro e inicio de dezembro, onde as chuvas ocorreram de maneira moderada, e no decorrer de todo o ciclo vegetativo e reprodutivo receberam um volume maior de chuvas num curto intervalo, a produtividade ficou além do previsto, expressando o máximo do potencial produtivo de acordo com cada variedade e da particularidade de cada sojicultor.

Porém a grande maioria dos sojicultores obtiveram medias de produtividade aquém do esperado, devido a adversidade climática no momento crucial da planta na fase de formação e enchimento de vagens onde a demanda de água e muito alta e somado às altas temperaturas causaram um grande stress na planta reduzindo no número de vagens e tamanho dos grãos nas plantas. Todos esses fatores climáticos provocaram uma grande variação na produtividade que variou de 90 a 150 até 180 sacas por alqueires.

Com relação aos preços, o mercado trabalhou todo o tempo do ciclo da cultura, do plantio até a colheita em baixa. Se na safra passada os preços atingiram uma media de R$ 130,00 a saca de 60 kg, nessa safra os preços variaram de R$ 105,00 a 109,00 a saca, demonstrando uma precificação ruim ao produtor que viu sua rentabilidade diminuir significativamente. Um ano muito difícil, onde grande maioria dos produtores tem compromissos de investimentos e custeios da lavoura que vencem nos próximos meses e aguardam ansiosos para que o Governo Federal através do Conselho Monetário Nacional possam prorrogar as parcelas de investimentos para as próximas safras vindouras.

Engº agrônomo – Sergio Fumio Ouchi

Na foto, à esquerda, os programadores Augusto, Luan e Elias. À direita, Marcos Gunha, programador e CEO da Exi Sistemas.

A partir de 1º de maio, a emissão de notas fiscais eletrônicas torna-se obrigatória para os produtores rurais em todo o território nacional. Com essa medida em vigor, é exigido o uso da Nota Fiscal de Produtor eletrônica (NFP-e) para todas as transações, tanto interestaduais quanto internas. Essa modalidade eletrônica substitui a tradicional nota fiscal do produtor em papel (bloco).

Com essa obrigatoriedade, a Exi Sistemas apresenta o aplicativo Emissor de NFP-e para produtores rurais, e o Company ERP, para aqueles que procuram um sistema mais completo para a gestão integrada de sua propriedade. Duas soluções que atendem às principais demandas dos produtores rurais, fáceis e simples de utilizar.

Emissor de NFP-e: uma ferramenta online ou aplicativo mobile para facilitar a emissão de notas fiscais eletrônicas de maneira simples, rápida e fácil, garantindo o cumprimento das obrigações fiscais. Com valor acessível aos produtores.

Company ERP: A solução ideal e completa para os produtores que querem controlar sua propriedade. Com ele, é possível emitir notas fiscais, controlar o financeiro, fazer a gestão de vendas e organizar o estoque de forma simples e integrada.

A Exi Sistemas, empresa reservense e de reservenses, tem como missão constante trazer novas tecnologias para a região, visando facilitar a vida dos cidadãos locais. A empresa convida os produtores e empresários locais para conhecer suas soluções, agendando uma demonstração gratuita e sem compromisso dos produtos desenvolvidos, enviando uma mensagem através do WhatsApp, 42 99865-8192, ou indo até a empresa, que está localizada na Rua Dom Pedro II, nº 253, Centro, Ed. Dukievicz, 1º Andar, Sala 202.

Portanto, produtor rural, fique atento! Embora alguns já estejam familiarizados com a emissão da NFP-e, a partir de 01/05/2024, todos os produtores, sem exceção, serão obrigados por lei a adotá-la. É importante ressaltar que aqueles com faturamento anual superior a R$ 200.000,00 em anos anteriores já estão sujeitos a essa exigência nas operações interestaduais.

Ademais, ao emitir a nota de produtor, o agricultor garante automaticamente seus direitos e benefícios junto ao INSS, como aposentadoria, auxílio-doença e auxílio-maternidade. A emissão da nota também evita problemas com a fiscalização tributária e multas, além de servir como comprovante de renda e acesso a serviços públicos.

Para evitar qualquer contratempo, é fundamental que os produtores mantenham seus cadastros atualizados, evitando assim bloqueios na emissão da nota fiscal eletrônica.

O ano de 2023 no município de Reserva foram obtidos 02 safras de tomate, 01 safra de Soja, 01 safra de Trigo e 01 safrinha de feijão este último que teve uma redução expressiva na área de plantio na região.

Iniciando com um resumo do comportamento do clima ao longo do ano, onde as precipitações foram bem concentradas no inicio do ano, principalmente nos meses de fevereiro e março, normalizando a partir de abril, intensificando novamente no segundo semestre de 2023, com altos volumes concentrados em quase todo o município ate final de novembro e início de dezembro.

A primeira safra de Tomate, os produtores obtiveram um bom resultado na produtividade, com excessão a algumas lavouras que sofreram alta pressão de ataque de pragas, dificultando o controle e consequentemente uma redução na produção final.

Porém foram casos pontuais que não refletiu na média geral da produtividade. Os preços se mantiveram estáveis ao longo da colheita com uma media de R$ 60,00 a 70,00 a caixa de 20 kg.

Já na segunda safra o clima foi um fator limitante na produtividade das lavouras principalmente no sistema de campo aberto, onde o excesso de chuvas provocou uma alta incidência de doenças fúngicas e bacterianas nas plantas em praticamente todo o ciclo vegetativo e reprodutivo da cultura.

Com isso, a produtividade foi comprometida e os frutos perderam qualidade no momento da comercialização. Lembrando que os cultivos no sistema protegido denominado plantio em Estufas, os frutos mantiveram a qualidade e consequentemente obtiveram melhores preços de venda.

A média da segunda safra de tomate ficou entre R$ 55,00 e R$ 65,00, salvo algumas exceções onde a media foi um pouco maior, em regiões onde a colheita iniciou-se mais cedo.

A cultura de inverno no caso do Trigo e Aveia branca, foram favorecidas na fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiados com o clima, porém no momento da colheita as chuvas constantes prejudicou severamente a qualidade da semente, onde quase toda a safra foi comprometida, impossibilitando a comercialização dos grãos destinados a indústria de derivados do cereal.

A principal cultura do nosso município, a Soja, também foi comprometida com o excesso de chuva nos meses de fevereiro e março, principalmente em relação a incidência de doenças fúngicas muito agressivo na fase reprodutiva reduzindo a produtividade e aumentando os custos de produção do sojicultor.

Os preços dos grãos também tiveram um redução significativa no mercado internacional e nacional, principalmente com a dificuldade de armazenamento e escoamento da produção, reduzindo os prêmios e afetando diretamente os preços no mercado onde no inicio do ano estava sendo comercializado a R$ 165,00 a saca de 60 Kg e caiu para R$ 130,00 no início da colheita.

Esse foi um resumo do desempenho das principais culturas no nosso município de Reserva – PR.

Engº agrônomo – Sergio Fumio Ouchi

A Secretaria Municipal de Agricultura, Desenvolvimento Econômico, Turismo e Meio ambiente informa que está atendendo em novo endereço, na Rua General Osório, nº: 677, na esquina com a Rua Vicente Markovicz, nº: 221. O ponto de referência é a Praça Julieta Szeremeta, (antiga Praça da Mulher), local que costuma ser realizado o Luau na Praça.

Os horários de atendimento seguem os mesmos, das 07h30 as 11h30 e das 13h00 as 17h00, nos dias úteis. Maiores informações no telefone (42) 3276-2934 e no e-mail: sec.agriculturadereserva@gmail.com.

Departamento de Comunicação da Prefeitura Municipal de Reserva.

Instituído pela ONU-Organização das Nações Unidas, para ser comemorado no dia 15 de outubro o Dia Internacional da Produtora Rural, a data foi lembrada em evento realizado na cidade de Tibagi. Para lembrar a data o Sindicato Rural Patronal de Tibagi, a Prefeitura Municipal e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Paraná IDR-Pr, realizaram evento no distrito de Caetano Mendes, interior do município, no dia 10 de outubro, com a apresentação da Extensionista Rural do IDR-Pr, Flavia Leão, a qual proferiu palestra com o tema “O poder transformador da mulher no meio rural”. Já no dia 11 de outubro, no Teatro Municipal Tia Inalia, na sede do município, foi a vez do professor e consultor de empresas Luciano Salamacha que proferiu a palestra com o tema “Agricultura 4.0 – novos desafios”. Também fez parte da programação, homenagem a produtoras rurais. Receberam homenagens, representado todas as produtoras rurais, Neida Hermann de Campos, Salete Maria Aleixo Gomes, Eliza Hirooka, Débora Gerda de Geus e Hilda Margriet Rabbers de Geus. Durante o evento foi apresentado vídeo com imagens das propriedades e depoimentos das homenageadas. Para o presidente do Sindicato Rural, Mauricio Chizini Barreto, o Protagonismo Feminino é algo que vem crescendo em todos os setores, e no Agro esse protagonismo sempre existiu, porém muitas vezes passa despercebido. “A valorização da mulher é uma obrigação, precisamos lembrar e valorizar o papel da mulher. Todas são guerreiras, um exemplo para as novas gerações. Precisamos valorizar os bons exemplos, principalmente frente a atualidade e os exemplos muitas vezes negativos que são apresentados”. O presidente do Sindicato lembra também que o evento é um trabalho conjunto. “Quando foi proposta a realização de um evento em prol da Produtora Rural, em reunião no Sindicato Rural com a Prefeitura Municipal, representada pelas funcionárias Amanda Bueno de Camargo e Suelen Cristina de Andrade Oliveira, e os diretores do Sindicato a ideia foi prontamente aceita visto a importância do tema. “Ficamos felizes em homenagear a Produtora Rural. Na continuidade, das organizações, outros setores da prefeitura e o IDR-Pr somaram a ideia. Ver tudo acontecendo nos traz muita satisfação. Não posso deixar de agradecer o Prefeito Municipal, Artur Ricardo Nolte, e também a FAEP – Federação da Agricultura do Paraná, o apoio do Sr. João Lazaro Pires, Gestor de do Departamento Sindical e relações institucionais, e do Presidente, Agide Meneguete, que de pronto ofereceram o apoio necessário e destinaram a Palestra do professor e consultor Luciano Salamacha. Só temos a agradecer cada um que se dedicou para que esse dia acontecesse. Finaliza o presidente.

A Federação da Agricultura do Estado do Paraná – FAEP, realizou em Tibagi, do dia 29 de agosto, no Teatro Municipal, o Seminário de Produção de Grãos Sustentável; MIP, MID e Manejo de Solos. O evento que será realizado em 8 municípios do estado do Paraná, teve como local, na região dos Campos Gerais, a cidade de Tibagi.

O evento contou com apresentações do Dr. Adeney de Freitas Bueno, Entolomogista e Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Soja, o qual falou sobre Manejo Integrado da Produção – MIP Produtividade e rentabilidade com sustentabilidade.

Na sequência a Dra. Claudine Dinali Santos Seixas, mostrou os resultados do manejo da ferrugem asiática da soja com o uso do coletor de esporos. Logo em seguida usou a palavra o Dr. André Mateus Prando, doutor em agronomia e pesquisador da Embrapa Soja, que falou sobre o uso de inoculante e coinoculação, utilização de Cobalto Molibidênio ( Co e Mo).

Na sequência falou-se do Programa estadual de recursos naturais e sustentabilidade, através do extensionista Richard Golba do IDR-Pr, com o tema Projeto: Manejo Conservacionista integrado de solos e água em microbacias piloto, dando sequência fez uma apresentação o representante da Fundação ABC, Gabriel Barth, que falou sobre plantas de cobertura e rotação de cultura: efeito nos indicadores biológica de qualidade de solo.

Concluindo as apresentações do dia fez sua fala a Dra. Neyde Fabiola Balarezo Giarola, representante da DESOLO-UEPG e coordenadora de projeto sobre Processo Hidrossedimentado nos Campos Gerais do Paraná – Uma pesquisa em rede.

O Presidente do Sindicato Rural de Tibagi, Mauricio Chizini Barreto, ressalta a importância de eventos como esse e a valorização que a FAEP tem dado o município de Tibagi, trazendo eventos e apoiando outros. “Tibagi tem sido prestigiada pela Federação que tem oferecido apoio a diversas iniciativas voltadas ao Agro, que propiciando a nossos produtores o conhecimento e o apoio necessários, trazendo grande satisfação essa aproximação com a Federação. Tibagi que sempre desponta entre os grandes na produção de grãos e outros cultivares, fica meio a margem quanto a valorização que merece a nível estadual e federal. Ver uma instituição como a FAEP nos atendendo e prestigiando traz muita satisfação”.

Dia 25 de maio, foi um dia especial para o Sindicato Rural de Tibagi, que foi o anfitrião do Encontro do Núcleo Sindical dos Campos Gerais e do Bloco da Agropecuária da Assembleia Legislativa do Paraná – ALEP. Com a presença de 09 presidentes de Sindicato Rural, 14 Secretários Municipais de Agricultura, do Deputado Moacyr Fadel, coordenador do Bloco da Agropecuária, do Conselheiro do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, Mauricio Barcelos, João Lazaro, Coordenador Sindical da FAEP – Federação da Agricultura do Estado do Paraná, prefeitos, representantes da empresa Polli Fertilizantes, empresa Hidroponta Poços Artesianos, empresa de Energia Nível Engenharia. No total o evento recebeu 76 pessoas que discutiram uma pauta que foi desde a questão da definição do VTN (Valor da Terra Nua) principal base para a definição do valor do ITR (Imposto Territorial Rural), cadeia produtiva da ovinocultura, a definição do preço da folha do Tabaco, a cadeia da hortifrúti, entre outros. Para Mauricio Chizini Barreto, presidente do Sindicato Rural de Tibagi, o evento teve por finalidade a integração entre as demandas do Agro com a pauta do Bloco da Agropecuária da Assembleia Legislativa. Barreto avaliou com positiva a participação no evento e espera que as pautas tratadas sejam levadas a discussão nas demais esferas para que essas dificuldades sejam sanadas. Um das demandas foi a questão do desenvolvimento da ovinocultura, que hoje tem o processo de instalação de um frigorifico no município de Reserva, que deverá absorver a produção de cordeiros. Também foi tratada a necessidade de fomentar a cadeia produtiva para que os pequenos e médios produtores possam ingressar na produção de cordeiros. Outro setor que necessita de uma melhor atenção é o setor do hortifrúti que precisa de apoio para estruturação de estufas visto que no período de inverno o agricultor sofre com as baixas temperaturas e geadas. Citou também que recentemente participou na FAEP, em Curitiba, de reunião da Comissão de Hortifruti que tratou de abertura de mercado junto as grandes redes de hipermercados, onde existe demanda de consumo porém os produtores precisam se organizar. Concluindo, Barreto, agradeceu aos participantes e colocou o Sindicato a disposição para discutir as demandas e melhorias que o setor do Agro vem buscando.

A safra de soja 2022/2023 foi finalizada no município de Reserva- PR. Esse ano foi uma colheita diferente de outras safras passadas, onde o fator clima e ocorrências de doenças fungicas impactaram diretamente na produtividade de algumas variedades cultivadas na nossa região.

Em relação ao clima, as chuvas favoreceram a cultura da soja, praticamente durante todo o ciclo vegetativo, porem o excesso de chuvas e falta de luminosidade prejudicou as variedades mais tardias reduzindo assim a produtividade da maioria das lavouras, principalmente as que foram plantadas no final de novembro. Já aqueles produtores que optaram por variedades mais precoces e efetuaram o plantio mais cedo foram beneficiados durante todo o ciclo vegetativo e reprodutivo com chuvas regulares e bem distribuídas.

A ocorrência do excesso de chuvas, ocorridas a partir da segunda quinzena de fevereiro e início de março não prejudicou essas variedades, pois elas estavam no final de ciclo, ou quase prontas evitando assim as perdas no aspecto fisiológico das plantas e na questão da pressão de doenças fungicas.

Outro fator que influenciou a queda na produtividade foi a alta incidência de doenças fungicas, principalmente a ferrugem que atingiu praticamente todas as lavouras da nossa região, favorecida pelas condições climáticas de alta umidade associada a dificuldade do produtor em efetuar as aplicações no momento correto devido as persistentes chuvas que ocorreram nesse período. Há muitos anos não ocorria uma pressão tão alta de ferrugem no nosso Estado. O resultado foi a queda na produção de modo geral em todas as lavouras.

O mercado de grãos também recuou no decorrer da colheita, devido a grande oferta no início da colheita, diferente de outros anos, onde o produtor vendia boa parte de sua produção antecipada através de contratos futuros. Isso levou a grande oferta no início da colheita somada com o fato de dificuldade na logística com lentidão de entrega nos portos de Paranaguá onde os contratos das tradings não eram cumpridos, gerando multas que incidiam nos contratos e consequentemente resultavam na queda dos preços no mercado afetando diretamente no bolso do sojicultor.

Os prêmios também trabalharam negativamente durante toda a colheita refletindo na queda de preços do grão no mercado. No início da safra o produtor ainda recebia R$ 150,00 a saca de 60 kg e no final da safra reduziu para R$ 130,00. Com isso grande parte dos produtores estão aguardando uma reação no mercado para efetuarem suas vendas, melhorando assim sua margem de rentabilidade no grão.

Engº Agronomo – Sergio Fumio Ouchi.