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Professor em tempos de coronavírus: confira algumas dicas para migrar do ensino presencial para a EAD

Milhões de alunos estão fora das salas de aula em todo o país, e especialista da Unicesumar dá dicas para ajudar os profissionais que precisam se adaptar à modalidade de ensino a distância

Do dia para a noite, a pandemia provocada pela Covid-19 fez com que novos hábitos fossem adotados por toda a população mundial. Para evitar a propagação do vírus, o confinamento preventivo em casa criou uma intersecção na trajetória das modalidades de ensino. No Brasil, o Ministério da Educação publicou uma portaria (343) que autoriza “em caráter excepcional” a substituição de aulas presenciais por aulas do modelo de educação a distância (EAD) que utilizem tecnologia de informação e comunicação remota para cursos em andamento.

O isolamento afastou perto de 1,5 milhão de alunos das escolas. Nas universidades, o número é ainda maior. Em alguns casos, as aulas foram suspensas e, em outros, migradas para outra modalidade. Segundo a head de graduação da EAD Unicesumar, Márcia de Souza, muitos precisaram se adaptar ao esquema de home office e iniciou uma corrida contra o tempo para as instituições que não dispunham de ferramentas e plataformas on-line. “A educação 4.0 exige muito dos professores e das organizações. É um novo mindset para quem atuava apenas com recursos presenciais. Agora, a sala de aula está no celular, no tablet e no computador, transportando o professor para essas telas e fazendo com que ele utilize novos meios para repassar o conteúdo e tirar as dúvidas dos alunos”, explica.

Porém, de acordo com a professora, a EAD ainda é a solução que melhor se encaixa à realidade atual, seja para oferecer novas possibilidades de aprendizagem ou para garantir o cumprimento dos 200 dias letivos exigidos pela lei. “A flexibilidade dos diversos meios de transmissão de conteúdo – vídeos, textos, aplicativos, jogos -, acabam beneficiando o processo de aprendizagem e ainda possibilitam que, mesmo estando em casa, os estudantes deem continuidade aos estudos, sem perder a interação com alunos e colegas”.

Para Márcia, os professores exigem muito que os alunos pesquisem, que se aprofundem nos conteúdos e que absorvam toda a bagagem. Agora, o desafio é lançado também sobre os docentes. “E como fazer nesses momentos em que a sala fica vazia e o professor continua atuando? Acabamos nos movendo por meio do desafio do saber. Somos convidados a nos reinventar, seja pela educação 4.0 ou seja pelo momento em que as famílias estão dentro dos seus lares”.

Com o objetivo de ajudar os docentes nesse processo em que os projetos de vida precisam continuar ativos e as pessoas precisam seguir aprendendo, a head preparou algumas dicas para migrar do ensino presencial para a EAD. Confira.

  • Busque ferramentas que auxiliem no processo. O Google oferece alguns aplicativos como o Classroom e o Hangouts, que permitem o compartilhamento do conteúdo e o encontro com os alunos. O melhor: está disponível para qualquer um que tenha conta na plataforma.
  • Tenha vontade de aprender. A sua sala de aula nunca mais será a mesma, pois o momento deixará impactos no nosso modo de vida. Use da motivação para encontrar recursos digitais e se sentir seguro com sua escolha. Você vai precisar estudar, perguntar para amigos, pesquisar e até criar seu próprio roteiro.
  • Reinvente-se e seja resiliente. Buscar novas maneiras e formatos ensinam durante o processo. Nem tudo dará certo na primeira tentativa. Caso isso aconteça, não desista e tente novamente. Converse com outros profissionais, troque experiências e encontre o melhor formato para você.
  • Forme uma rede de apoio e troca de experiências. Se você já utiliza recursos ou conhece aplicativos que podem ajudar outros professores, compartilhe. Ao estabelecer uma rede, aparecem diversas possibilidades que podem ser testadas e exploradas por todos. Troque experiências e materiais, inspire outras pessoas que estão vivendo o mesmo que você.
  • Tenha paciência. As aulas on-line não são iguais as presenciais. A forma de interagir com a câmera e com os alunos, por meio de chats ou fóruns, é diferente. É preciso estar aberto para novos formatos e se adaptar a eles.
  • Procure estabelecer horários específicos e mantenha uma rotina. Isso facilitará a interação com os alunos durante as aulas e, especialmente, auxiliará no ajuste e preparo dos novos conteúdos e aulas.

 

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