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Colheita de Soja da safra 2023/2024

A safra da cultura da soja deste ano, foi marcada por muita instabilidade climática onde as chuvas que caíram na nossa região ora com altos volumes num curto período e baixos volumes acompanhado com altas temperaturas por longos dias que provocaram um alto grau de stress nas plantas impactando na produtividade final em diversas regiões do nosso município principalmente algumas localidades especificas onde o período de estiagem foram maiores.

Os plantios antecipados nos meses de setembro e outubro foram afetados com o excesso de chuvas torrenciais ocorridas nesses períodos, provocaram muita erosão e consequente a redução no número de plantas (stand) afetando o potencial produtivo nas áreas mais comprometidas.

No entanto muitos produtores que preferiram efetuar o plantio no mês de novembro e inicio de dezembro, onde as chuvas ocorreram de maneira moderada, e no decorrer de todo o ciclo vegetativo e reprodutivo receberam um volume maior de chuvas num curto intervalo, a produtividade ficou além do previsto, expressando o máximo do potencial produtivo de acordo com cada variedade e da particularidade de cada sojicultor.

Porém a grande maioria dos sojicultores obtiveram medias de produtividade aquém do esperado, devido a adversidade climática no momento crucial da planta na fase de formação e enchimento de vagens onde a demanda de água e muito alta e somado às altas temperaturas causaram um grande stress na planta reduzindo no número de vagens e tamanho dos grãos nas plantas. Todos esses fatores climáticos provocaram uma grande variação na produtividade que variou de 90 a 150 até 180 sacas por alqueires.

Com relação aos preços, o mercado trabalhou todo o tempo do ciclo da cultura, do plantio até a colheita em baixa. Se na safra passada os preços atingiram uma media de R$ 130,00 a saca de 60 kg, nessa safra os preços variaram de R$ 105,00 a 109,00 a saca, demonstrando uma precificação ruim ao produtor que viu sua rentabilidade diminuir significativamente. Um ano muito difícil, onde grande maioria dos produtores tem compromissos de investimentos e custeios da lavoura que vencem nos próximos meses e aguardam ansiosos para que o Governo Federal através do Conselho Monetário Nacional possam prorrogar as parcelas de investimentos para as próximas safras vindouras.

Engº agrônomo – Sergio Fumio Ouchi

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