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Saúde e bem estar- Alerta Dengue: Paraná ultrapassa a marca de 100 mortes

Cleide Vidal Hoinocz Farmacêutica CRF-PR 21811, Pós-graduada em Farmácia Estética Avançada.

Olá queridos leitores.

O Brasil alcança a marca de 3 milhões de casos prováveis de dengue nesta quarta-feira (10/4), em menos de quatro meses. O número corresponde a praticamente o dobro dos registros ocorridos ao longo de 2023. A data marca também recorde histórico no número de mortes pela doença no país. As informações são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde.

Ao todo, desde o início do ano, foram 3.062.181 casos prováveis da doença. Foram confirmadas também 1.256 mortes e outras 1.857 estão em investigação.

Casos de Dengue no Paraná:

O novo boletim da dengue aponta mais 25.462 casos e 26 óbitos, o que faz com que o Paraná totalize 184.819 casos e 103 mortes por dengue. O levantamento dos dados é feito pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde).

As informações se referem à Semana Epidemiológica nº 14, que compreende o período entre 31/03/2024 a 06/04/2024.

As 103 mortes são referentes sendo 45 homens e 58 mulheres. As novas vítimas fatais foram pessoas entre 35 e 97 anos, que residiam em 14 cidades diferentes – Chopinzinho, Dois Vizinhos, São Jorge D’Oeste, Cascavel, Espigão do Alto Iguaçu, Araruna, Mandaguari, Sarandi, Cambé, Londrina, Cornélio Procópio, Ibaiti, Terra Roxa e Ivaiporã); 18 das 26 novas mortes foram de pessoas que tinham comorbidades. São 12 homens e 14 mulheres.

Além disso, 392 das 399 cidades paranaenses já tiveram confirmações de casos. Isso significa que, em relação ao boletim da semana passada, mais três cidades tiveram pessoas infectadas.

O que é dengue?

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus que pertence à família Flaviviridae, do gênero Flavivírus. O vírus da dengue apresenta quatro sorotipos, em geral, denominados DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Esses também são classificados como arbovírus, ou seja, são normalmente transmitidos por mosquitos. No Brasil, os vírus da dengue são transmitidos pela fêmea do mosquito Aedes aegypti (quando também infectada pelos vírus) e podem causar tanto a manifestação clássica da doença quanto a forma considerada hemorrágica.

Transmissão:

O vírus da dengue (DENV) pode ser transmitido ao homem principalmente por via vetorial, pela picada de fêmeas de Aedes aegypti infectadas. Transmissão por via vertical (de mãe para filho durante a gestação) e por transfusão de sangue são raros.

O Aedes aegypti põe seus ovos em recipientes como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos sob vasos de plantas ou qualquer outro objeto que possa armazenar água da chuva. O mosquito pode procurar ainda criadouros naturais, como bambus e buracos em árvores.

Diagnóstico:

Não existe necessidade da realização de exames específicos para o tratamento da doença, já que é baseado nas manifestações clínicas apresentadas. No entanto, para apoiar o diagnóstico clínico existem disponíveis técnicas laboratoriais para identificação do vírus (até o 5° dia de início da doença) e pesquisa de anticorpos (a partir do 6° dia de início da doença).

Sinais e sintomas:

A doença pode ser assintomática ou pode evoluir até quadros mais graves, como hemorragia e choque. Na chamada dengue clássica, que deve ser notificada, a primeira manifestação é febre alta (39° a 40°C) e de início repentina, usualmente seguida de dor de cabeça ou nos olhos, cansaço ou dores musculares e ósseas, falta de apetite, náuseas, tonturas, vômitos e erupções na pele (semelhantes à rubéola). A doença tem duração de cinco a sete dias (máximo de 10), mas o período de convalescença pode ser acompanhado de grande debilidade física, e prolongar-se por várias semanas.

No que se refere à forma mais grave da enfermidade, conhecida como febre hemorrágica da dengue, os sintomas iniciais são semelhantes, porém há um agravamento do quadro no terceiro ou quarto dia de evolução, com aparecimento de manifestações hemorrágicas e colapso circulatório. Nos casos graves, o choque geralmente ocorre entre o terceiro e o sétimo dia de doença, geralmente precedido por dor abdominal. O choque é decorrente do aumento de permeabilidade vascular, seguida de hemoconcentração e falência circulatória. Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. Além disso, condições prévias ou associadas como referência de dengue anterior, idosos, hipertensão arterial, diabetes, asma brônquica e outras doenças respiratórias crônicas graves podem constituir fatores capazes de favorecer a evolução com gravidade.

Tratamento:

Não existe tratamento específico para a dengue. Em caso de suspeita é fundamental procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico.

A assistência em saúde é feita para aliviar os sintomas. Estão entre as formas de tratamento:

•fazer repouso;

•ingerir bastante líquido (água);

•não tomar medicamentos por conta própria;

•a hidratação pode ser por via oral (ingestão de líquidos pela boca) ou por via intravenosa (com uso de soro, por exemplo);

•o tratamento é feito de forma sintomática, sempre de acordo com avaliação do profissional de saúde, conforme cada caso.

O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público de saúde.

A vacina contra a dengue entra no Calendário Nacional de Vacinação pela primeira vez em fevereiro de 2024 e em virtude da capacidade de produção laboratorial a primeira campanha de vacinação atende 521 municípios distribuídos em 37 regiões de saúde do país. Embora exista a vacina contra a dengue, o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle da dengue e outras arboviroses urbanas (como chikungunya e Zika), seja pelo manejo integrado de vetores ou pela prevenção pessoal dentro dos domicílios.

É importante entender que ao adotar medidas de controle ao vetor após a introdução de um ou mais sorotipos novos do vírus da dengue, a possibilidade de se interromper a transmissão é reduzida, uma vez que há elevada densidade vetorial. Além disso, o tempo que decorre até a redução das populações de Aedes aegypti é muito maior que a velocidade de circulação viral, pois nessas circunstâncias a população sob risco é de suscetíveis. Quando a epidemia se instala, esta segue seu curso e as ações de controle vetorial mostram pouca ou nenhuma efetividade. Muitas das vezes, a redução do número de pessoas que adoecem ocorre “naturalmente”, mais em função da imunidade de grupo que vai se estabelecendo do que pelos resultados obtidos com as ações de controle estabelecidas. (FONTE: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/dengue).

Além das ações realizadas pelos agentes de saúde, a população deve fazer a sua parte:

•uso de telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão;

•remoção de recipientes (pneus, vasos, baldes, bacias, potes, sacolas plásticas…) em quintais e terrenos baldios, que possam se transformar em criadouros de mosquitos;

•vedação dos reservatórios e caixas de água;

•desobstrução de calhas, lajes e ralos;

•participação na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Dúvidas sobre Dengue? Venha até a Farmácia Doutor Desconto, estamos á disposição para atendê-los. Pensou Farmácia? Pensou Doutor Desconto!

Gilson Van Haandel, farmacêutico CRF/PR 24703

Cleide Vidal Hoinocz, farmacêutica CRF/21811, pós-graduada em Estética Avançada.

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